“Enhanced stability and electrocatalytic properties of Ti/RuxIr1−xO2 anodes produced by a new laser process” e “Pesquisadores do ITP desenvolvem bioinseticida para combater a mosca negra do citros”. Estes foram os títulos dos trabalhos do Dr. Giancarlo Richard Salazar Banda e da jornalista Andréa Moura, pesquisador e Assessora de Comunicação do Instituto de Tecnologia e Pesquisa, respectivamente, vencedores do X Prêmio João Ribeiro de Comunicação e Divulgação Científica da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), divulgado na última sexta-feira, 23 de novembro.
O trabalho do Dr. Giancarlo Salazar foi o grande vencedor da categoria Científica, modalidade pesquisador sênior, na área das Ciências Exatas e da Terra e Engenharias; e a matéria de Andréa Moura, veiculada no site do ITP (www.itp.org.br), foi a primeira colocada na categoria Comunicação Científica Social e Visual, na modalidade Jornalismo Científico, na área Internet. O artigo do Dr. Giancarlo Salazar, “Enhanced stability and electrocatalytic properties of Ti/RuxIr1−xO2 anodes produced by a new laser process”, foi publicado no Chemical Engineering Journal, revista internacional com maior fator de impacto (FI: 6.735) na área da Engenharia Química, ou seja, o conhecimento obtido no estado de Sergipe foi divulgado mundialmente para todos os grupos de pesquisas que trabalham no desenvolvimento de eletrodos para o tratamento de águas contaminadas (eletroquímica ambiental).
A publicação aborda a introdução de um método rápido e pioneiro para sintetizar ânodos de óxidos metálicos mistos (MMO) usando laser como única fonte de aquecimento, para serem empregados em sistemas de tratamento de águas contaminadas. Esta foi a primeira vez que o pesquisador concorreu ao prêmio, o que, para ele, faz com que a satisfação em ter sido contemplado seja ainda maior. Segundo o Dr. Giancarlo Salazar, o prêmio é fruto de um trabalho exaustivo e sério realizado no grupo de pesquisas existente no Laboratório de Eletroquímica e Nanotecnologia do Instituto de Tecnologia e Pesquisa, em colaboração com o Grupo de Nanomateriais Funcionais do Departamento de Física da UFS, na pessoa do Prof. Ronaldo Santos Silva.
“A pesquisa faz parte do projeto de doutoramento de Géssica Santiago, aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Unit (PEP), sob a orientação da Dra. Katlin Ivon Barrios Eguiluz, que também é pesquisadora do ITP. Gostaria de agradecer inicialmente à FAPITEC, pelo auxílio financeiro que, junto com outras agências de fomento do país, permitiram a consecução da pesquisa. Agradecer ainda à FAPITEC pelo incentivo e motivação para os pesquisadores do Estado com o lançamento deste edital de premiação”, declarou.
TRADUZINDO O CONHECIMENTO
Já a Assessora de Comunicação do ITP, a jornalista Andréa Moura, conquistou o primeiro lugar no Prêmio João Ribeiro pelo segundo ano consecutivo. Na IX edição (ano 2017) ela foi a vencedora da categoria Comunicação Social e Visual – Jornalismo Impresso, com a matéria intitulada “Produto desenvolvido por pesquisadores do ITP pretende acelerar a cicatrização de áreas do corpo afetadas por feridas crônicas”. O texto foi fruto da pesquisa desenvolvida pelo Dr. Ricardo Albuquerque, do Laboratório de Morfologia e Patologia Experimental do ITP, e publicada no Jornal do Dia. Na edição do Prêmio Fapitec/SE deste ano (2018), a pesquisa que gerou a matéria: “Pesquisadores do ITP desenvolvem bioinseticida para combater a mosca negra do citros”, está sendo realizada em parceria pelos doutores Patrícia Severino e Marcelo da Costa Mendonça, do Laboratório de Nanotecnologia e Nanomedicina (LNMed) do ITP.
Dra Patrícia Severino coordena o projeto intitulado “Desenvolvimento de nanobioinseticida preparada a partir do óleo essencial da laranja com aplicação no controle de insetos na agricultura”, que está sendo financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil; e Dr. Marcelo Mendonça coordena o projeto “Desenvolvimento de nanobionsitecida a partir do óleo essencial de plantas e de microorganismo entemopatogênico, com aplicação no controle de insetos pragas na agricultura”, financiado pela Fapitec/CAPES/PROMOB – Projeto de Mobilidade.
A matéria mostrou a importância, em números, da citricultura para a economia sergipana e o quanto a safra vem caindo, ano após ano, por diversos fatores, inclusive por causa da mosca negra, que chegou ao Estado em 2014 e, desde então, tem feito com que o prejuízo à lavoura se torne ainda mais acentuado. A pesquisa busca a produção de uma forma alternativa ao que existe atualmente para o controle da praga, alternativa eficiente, com baixo custo de produção para a indústria e de aquisição para o consumidor final, além de mais segura do ponto de vista dos danos causados pelos inseticidas tradicionais.
“Fico extremamente feliz por mais este prêmio porque é o reconhecimento de que estou conseguindo, verdadeiramente, traduzir a ciência para uma linguagem que todos possam entender e, consequentemente, saber a importância que as pesquisas científica e tecnológica têm para o desenvolvimento da sociedade”, declarou Andréa Moura.