A partir do dia 17 de novembro, os visitantes poderão desfrutar do espaço museológico que reúne que conta a história, arte e cultura de Sergipe
O Memorial de Sergipe está prestes a viver um momento histórico em sua trajetória. Após um período de reforma e revitalização, a equipe de colaboradores do memorial está se empenhando em cursos e capacitações para oferecer aos visitantes uma experiência única e enriquecedora na reinauguração do espaço museológico a partir do dia 17 de novembro.
Idealizado pelo professor Jouberto Uchôa de Mendonça em 20 de janeiro de 1998, e posteriormente inaugurado em 17 de março do mesmo, o Memorial completa em 2023, 25 anos de sua abertura ao público. Desde então, sua presença no calendário cultural se consolidou e agora passa a ser localizado na orla sergipana, sendo um ponto de referência fundamental para a preservação e difusão da rica história, cultura e identidade do estado.
O espaço que já era um tesouro cultural, reúne obras que são fruto de doações, pesquisa e acervo pessoal do professor Uchôa e de grandes personalidades, passou por uma revitalização visando proporcionar uma experiência ainda mais envolvente e educativa aos visitantes, é o que explica a diretora do Memorial de Sergipe, Sayonara Viana.
“Estamos comprometidos em proporcionar uma experiência enriquecedora e significativa aos nossos visitantes. Através de cursos capacitantes e reuniões de planejamento, nossa equipe está adquirindo conhecimentos valiosos abrangendo áreas como história de Sergipe, preservação de patrimônio cultural, museologia, curadoria de exposições e técnicas de mediação cultural que serão fundamentais para tornar o Memorial de Sergipe um destino cultural ainda mais relevante e atrativo”, destaca.
A iconografia conta com diversos acervos particulares de ilustres sergipanos, que registraram a evolução urbanística da capital e do interior, como as pinturas em pratos de porcelana e azulejo de Rosa Faria, uma arte considerada única no mundo. O Memorial também abriga acervos de Constâncio Vieira, Lourival Baptista, Joaquim Sabino Ribeiro Chaves, Francisco Rollemberg Leite, Tobias Barreto, entre outras personalidades.
Para garantir que o espaço museológico seja um sucesso e que o público possa explorar todas as novas atrações e exposições com o máximo de proveito, a equipe de colaboradores do Memorial tem se dedicado a aprimorar suas habilidades e conhecimentos.
“Os colaboradores têm participado ativamente das capacitações, demonstrando grande entusiasmo e dedicação para garantir que a reinauguração seja um evento memorável. Eles também estão envolvidos na preparação de novas exposições e na criação de programas educativos inovadores que enriquecerão a experiência dos visitantes de todas as idades. Além disso, a equipe está trabalhando em colaboração com historiadores, artistas locais e outros especialistas para enriquecer o conteúdo e a narrativa do Memorial de Sergipe”, salienta Sayonara.
De acordo com o historiador Wanderlei Menezes, a parceria entre profissionais experientes e a equipe do memorial promete resultar em exposições e atividades que refletem de forma autêntica a história e a cultura do estado. Ele destaca que as aulas e capacitações são ferramentas fundamentais porque a qualidade da atuação dos monitores diz muito sobre a instituição.
“É preciso que toda a equipe tenha sensibilidade para saber qual a abordagem para cada público, como repassar informações claras, objetivas e seguras. E para isso, é preciso estudar muito e estar ciente que ainda assim será pouco. Estimulamos eles a serem criativos, sintéticos e humildes, acreditamos que essas são qualidades importantes para o atendimento ao público”, declara.
O arqueólogo doutor João Mouzart, destaca que a arqueologia teve grande papel na construção do que será apresentado no Memorial. “Por ser um campo científico que estuda as culturas e os modos de vida das diferentes sociedades humanas, tanto do passado como do presente, a partir da análise da cultura material que resiste ao tempo, a arqueologia teve o seu papel na organização estrutural do Memorial e também na preservação da história”, destaca.
Durante o tempo que esteve desativado, as obras do Memorial foram preservadas até a mudança para a nova sede. “O espaço mudará a concepção do Memorial, que terá um objetivo um pouco mais diferenciado, mas não podemos esquecer dos temas que sempre fizeram parte do acervo, como religiosidade, 2ª Guerra Mundial, meios de comunicação, cultura popular, explorando desde fósseis marinhos a aparelhos telefônicos do início do Século 20, passando pela formação de Sergipe, cultura popular, cangaço, entre outros. O objetivo da instituição é preservar e divulgar elementos socioculturais, bem como atender às comunidades civil e científica em pesquisa, educação e cultura”, pontua.
O Memorial de Sergipe fica localizado no prédio da antiga Galeria de Arte Ana Maria Alves, na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, nº 100, atrás da Delegacia de Turismo. Mais informações pelo contato: (79) 98108-1866.
Matéria: https://memorialdesergipe.com.br/blog/