Pesquisadores do ITP desenvolvem produto para a criopreservação de espermatozóides para uso em reprodução assistida

13/11/2015
Pesquisadores do ITP desenvolvem produto para a criopreservação de espermatozóides para uso em reprodução assistida
Pesquisadores do ITP desenvolvem produto para a criopreservação de espermatozóides para uso em reprodução assistida

Encontrar melhores resultados para serem oferecidos à sociedade a custos mais reduzidos que os praticados pelo mercado. Este tem sido um dos pontos norteadores das pesquisas desenvolvidas pelos pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). Um bom exemplo vem do Laboratório de Biomateriais (LBMAT): o estudo para o desenvolvimento de um crioprotetor de espermatozoides humanos à base de goma xantana, que já possui excelentes resultados no quesito biológico e que podem ser levados também para o quesito comercial, visto que a utilização da goma como crioprotetor pode reduzir os custos das técnicas de reprodução assistida. Essas técnicas envolvem a criopreservação de sêmen, como explica a pesquisadora e coordenadora dos estudos, Isabel Bezerra Lima Verde.

Segundo ela, a goma xantana é um produto biotecnológico e pode ser produzido em laboratório, o que o torna mais viável comercialmente. “Os nossos resultados foram bastante satisfatórios, pois foram semelhantes aos obtidos com os crioprotetores que já existem hoje no mercado. Ou seja, podemos melhorar a performance dele em todos os quesitos”, comentou Isabel Lima Verde.

O estudo desenvolvido no LBMAT foi fruto da dissertação de mestrado de uma aluna do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Industrial, e já teve a patente depositada. A fase atual, de acordo com Isabel Lima Verde, é de testes para aprimorar o crioprotetor. Ela comenta que, em paralelo, outras gomas estão sendo testadas para saber qual vai apresentar efeito semelhante à da xantana, bem como dos crioprotetores comerciais atualmente utilizados.

Embora o uso dessa goma seja inédito para crioprotetor na área de reprodução humana, esse material já é utilizado em larga escala pela indústria brasileira nos cremes dentais, faciais, sorvetes e em alimentos congelados. Essa goma pode ser sintetizada em laboratório, e é produzida pela bactéria Xanthomona campestris, que ataca plantas, principalmente as cítricas como laranjais, limoeiros e afins. Os estudos foram financiados pelo CNPq.



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