ITP leva conhecimento para a feira científica da FAPITEC

05/11/2015
ITP leva conhecimento para a feira científica da FAPITEC
ITP leva conhecimento para a feira científica da FAPITEC

Quem participou da Feira Científica da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC), na última sexta-feira, 30 de outubro, no Centro de Vivência da UFS, em São Cristóvão, pôde conhecer mais sobre três projetos de pesquisa que estão sendo realizados por pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) no Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (NUESC) e nos Laboratórios de Engenharia de Bioprocessos (LEB); de Pesquisa em Alimentos (LPA); de Análises Microbiológicas (LAM); de Biologia Molecular (LBM); de Biologia Tropical (LBT), e no de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP).

Os pesquisadores do LDIP e do LBT apresentaram à população um pouco dos estudos feitos sobre duas das principais doenças reincidentes no Estado, a esquistossomose e o calazar, focando principalmente na questão da educação sanitária junto à comunidade, e de ações de prevenção para evitar a proliferação dessas doenças, como explicou a pós-doutoranda em Saúde e Ambiente, Geza Thais Rangel e Souza. E para que o assunto ficasse ainda mais fixado na mente dos que passaram pelo stand do ITP, foram levados alguns moluscos vivos (caramujos) e sadios para que os visitantes pudessem reconhecê-los e identificá-los em ambiente natural.

“A ideia é que possam ser visualizados e, assim, conhecidos, além, claro, de saber o que eles podem transmitir. Por exemplo, se a pessoa vai tomar banho num rio ou lagoa e encontra um caramujo semelhante ao que expusemos vai saber que aquele local não é ideal para banho. Assim evita-se a contaminação”, explicou Geza Rangel. Material lúdico sobre a leishmaniose visceral confeccionado pelo Núcleo de Educação Básica em Parasitologia, que é coordenado pela pesquisadora do ITP, Cláudia Moura, também foi exposto. O foco desse trabalho está no inseto transmissor e no ciclo reprodutivo dele.

De acordo com Geza Souza, um problema relacionado à leishmaniose é a presença de entulhos (resíduos de construção civil e móveis abandonados em quintais, dentre outros) em locais inadequados que acabam servindo de abrigo para os insetos. O caramujo do tipo africano também foi apresentado durante a feira, pois ele é um potencial transmissor da meningite parasitária, e tem sido encontrado em grande quantidade em alguns bairros da capital sergipana.

Geza Souza

“Participar de feiras como esta é importante por poder sensibilizar as pessoas a respeito das doenças parasitárias, que são silenciosas e pouco divulgadas na mídia, porém, muito presentes no cotidiano da população. E são doenças que têm tendência de crescimento, uma vez que ainda existem problemas com a questão do tratamento de esgoto, valas a céu aberto com a junção de águas pluviais e de esgoto, ambientes que são favoráveis, por exemplo, a reprodução de moluscos”, observou. Segundo ela, um só molusco infectado pode produzir mais de mil cercarias de Schistosoma por dia, aumentando as chances de contaminação do ser humano.

Quem visitou o stand do ITP também pôde conhecer dois experimentos: um mostrando o comportamento do petróleo quando misturado a água, exposição coordenada pelos membros do NUESC que levaram, inclusive, microscópio para facilitar a visualização e entendimento deste processo. Eles também apresentaram a extração de óleos e compostos de amostras vegetais em sistema pressurizado. Para a feira, foi levada amostra de extração de óleo de dendê em temperatura e pressão ambientes através da solubilidade do óleo no etanol.

Outro estudo, coordenado pelos professores Álvaro Silva Lima e Cleide Mara Faria Soares, nos Laboratórios de Pesquisa em Alimentos e Engenharia de Bioprocessos foi apresentado aos participantes da feira: a partição de biomoléculas por sistema aquoso bifásico, explicações que foram dadas por Poliane Santos, Acenini Balieiro, Jaci Vilanova, Regina França e Islania Lima, integrantes desses laboratórios e que compõem o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos. Para facilitar a percepção dos visitantes, essa separação bifásica dava origem a duas fases de solventes imiscíveis (caracterizado através de líquidos coloridos) justamente para evidenciar a separação das biomoléculas.



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